Maldita e bendita palavra que mata e salva vidas

Faleceu, nesta noite de ontem, o agrimensor e jornalista Marco Atílio Gimenez De Carli. Você deve estar pensando "credo, que horror"... Pior, também pensaria o mesmo. Meu coração até dispara só de pensar... E, outra pior ainda, poderia ter acontecido na vida real sim e, te explico.

Todo mundo já deve ter ouvido ou lido aquelas duas famosas frases: "a língua fere mais do que uma espada" e "há quatro coisas que não voltam mais e, uma delas é a palavra dita" ou, várias se quiser". Até por esses ditados populares tudo bem, mas se dizer alguma coisa para quem estar em um momento conturbado em sua vida, pode ser fatal. Pois é, uma língua pode ferir mais do que você pensa, ela pode matar também. Por isso, meu conselho é tomar muito cuidado com o que irá falar porque você não sabe como está a vida da outra pessoa. E, outra, não é somente palavras não, mas certas atitudes desagradáveis também é de difícil assimilação.

No entanto, você deve estar pensando se eu iria fazer alguma coisa mais grave. Eu escrevo para o seu pensamento ler e, de forma mais explícita... Sim, iria "dar um cabo". Se 99% da população mundial tem medo de morrer, quem está abalado psicologicamente não está nem um pouco preocupado não, inclusive é um "baita de um engenheiro" com planejamentos tudo certinho, tudo esquematizado. A única saída para "estragar os planos" é justamente a mesma ação que provocaria uma reação: uma palavra amiga e, realmente do nada. Interessante, uma palavra pode tanto matar quanto salvar uma vida. Realmente, sem explicação mesmo, até estou abismado.

Então, para os curiosos de plantão, o lance foi mais ou menos assim. A história é real, porém, os nomes meramente ficcionados, porém, se quiser acreditar, acredite, caso contrário, pode ate parar de ler e me chamar de um "grande fdp", mas pode ter a certeza de que não sou e, quem me conhece sabe como perfeitamente sou.

Pois bem, ligou uma determinado loja em casa dizendo que retornou um cheque, que fora utilizado para pagar uma determinada conta. Como também a conta do telefone está cortada, utilizei meu celular e liguei para uma pessoa e, ela me retornar. Dito e feito... Até aí, tudo bem, até brinquei: "ei, dando golpe na praça é?"... Sei muito bem que esta pessoa não faz isso. É que realmente a dificuldade é muita. Problema de um leilão irregular, desemprego, recaída de uma doença, cirurgia de um que não acontece e de outra que aparece, enfim, uma infinidade de "porrada a cabeça da gente" que realmente nos deixa louco. E deixa mesmo.

Ai, expliquei algumas coisas da casa até que a pessoa pediu para que eu pegasse o dinheiro lá, onde ela está, para pagar e pegar o cheque de volta, porém, eu não podia naquele momento, estava no término de um serviço (de pouco ganho, mas estava e, era o único que poderia me ajudar), nem tinha almoçado (era por volta das 14h30) e, quando iria dizer que não tinha gasolina para ir até lá, uma outra pessoa usou o telefone para "dar o seu ar da graça". Nada contra ela, mas a forma que usou para falar comigo é o que mais me chateou e magoou de uma forma tão decepcionante (por ser uma pessoa que sempre defendi) que me deixou "pra lá com meus botões". O problema maior é que indiretamente fui chamado de "vagabundo" e "que não tiro minha bunda do computador". Um emprego fixo, sim, é o que mais quero, mas ninguém está afim de nada, sempre com a tal de CRISE ECONÔMICA afetou todos e tudo. Está difícil emprego. Também que estou "dando prejuízo e trabalho" para outras pessoas. Que eu saiba é sinal que já estou "atrapalhando" e "fazendo hora demais" na Terra... Sinal para mim cair fora...

Realmente, ela tem razão, porém, esqueceu que a "mesma bunda", "o mesmo computador" e a "mesma vagabundice" salvou um patrimônio de R$150 mil reais de todos os irmãos e, ninguém ajudou "porra nenhuma" para pagar o advogado (eu dei minha parte). Ninguém pode ir para São Paulo protocolar petições e também pegar um documento fundamental para que este patrimônio fosse devolvido a família.

"A mesma bunda", "o mesmo computador" e a "mesma vagabundice" também é a forma de sobrevivência de um jornalista. Se no momento estou desempregado, na hora da ligação, estava em serviço (bico), visto que, tinha terminado outro "bico" para ajudar nas despesas da casa. Aliás, não é com dinheiro que se conquista uma família ou uma felicidade, mas sim, com carinho, atenção e, principalmente, coração aberto e solidário. Claro, esta pessoa pode estar muito brava, "soltando os cachorros" e "falando um monte sobre minha pessoa" assim como qualquer um que está lendo este artigo.

No entanto, agora quem está um pouco preocupado sou eu. Era para estar morto e estou vivo. Vagabundo eu não sou porque o que me deixa super ativo e com alto astral é o prazer de trabalhar. No momento, estou desempregado e, confesso que estava com problemas de ordem psicológica. Perdido sim, sou humilde em assumir meus erros, porém, sempre aprendo com eles (ainda bem que deu tempo).

Sei que minha vida sempre foi de luta, tenho problema de audição até hoje, sofri na escola para aprender. Também não contava para ninguém que tinha problema de visão até entrar no COTIL e começar usar óculos. Tinha vergonha de usar, mas aprendi que sem óculos não iria a lugar nenhum. Desde os 15 anos tenho problema de psoriase (pele), que agravou e muito em 2000, hoje, porém, bem melhor, mas com pouco de recaída. Sei que esta pessoa me ajudou nisso, mas já pensou, adiantaria ajudar? Portanto, desde criança venho lutando para sobreviver aos preconceitos da vida e, não será diferente novamente. Sempre quis trabalhar desde "pivete", mas meu pai não deixou porque queria que estudasse. Sinceramente, "grande bosta", se o "dono do Brasil" está como presidente "nadando em dinheiro" sem diploma, adianta nada ser agrimensor e jornalista, profissão esta, que "ministros", se é que posso dizer assim também, tiraram a obrigatoriedade do diploma.

Agora, aprendi a respeitar os meus limites, os limites dos outros e, sei muito bem como é estar a beira de um "buraco enorme". Estar em um fundo do poço. Sentir-se inferiorizado ou sentir-se indiferente é a pior coisa do mundo. Mas enfim, vamos que vamos. Então, não me leve a mal por ter escrito este artigo. Posso ser louco, mas não sou mais, afinal, ESTOU VIVO. Se você tiver um emprego para mim ocupar minha mente estou aberto para negociações mais VIVO do que NUNCA. Se você estiver solitário ou não, estou aberto para conversarmos, trocarmos idéias porque agora VIVO mais FELIZ do que NUNCA. Se quiser ser meu amigo, me seguir aqui no blog ou no meu twitter, venha para o mundo dos VIVOS...

Desculpe minha sinceridade e, às vezes, idiotice em escrever aqui. Não quero me aparecer não, apenas desabafar. Aqui, eu desabafo com as paredes, mas ao escrever no blog, pode ter certeza de que VOCÊ é quem eu preciso para desabafar, conversar, dialogar e até mesmo brigar, mas por ideais e não idiotices. A palavra amiga que me salvou é da querida amiga Vanessa, a qual agradeço muito viu... Você nem imagina, porém, estou aqui... E, o Projeto GOL vai dar super certo viu...

Por fim, gostaria de dizer que este texto tem por objetivo incentivar o AMOR mesmo que as pessoas não se dão bem, afinal, "nunca se sabe o que se passa na cuca da outra pessoa". "Entre a cruz e a espada" ou "entre o céu e o inferno", escolhi o perdão (mas por enqto vou evitar e ficar mais longe possível) e a VIDA... por mais no "bosta que estiver", sempre vale VIVER... Estava com um dor de dente terrível e interminável e, por incrível que pareça, parou de doer... Isso é a vida, tem problema, elimina-o... Não me julgue como um idiota ao escrever este texto, mas sim, como uma pessoa, que como você, é um ser humano normal e passível de erros também.

abraços pra todos e bjokas pra todas...
marco atilio
06-10-2009
1h44

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